terça-feira, 2 de abril de 2013

mãe/pai?

Entristece-me, é um facto. Já para não puxar o assunto da sociedade que hoje em dia temos há frente dos olhos, entristece-me o facto de existir mais gente a intitular-se de "mãe/pai" do que aqueles que realmente o mereçem ser. Eu sei que existem de facto muitas teorias contra o aborto, mas pensando bem será assim tão errado em certos casos? não apoio de todo o facto de serem irresponsaveis e usarem o aborto como se fosse um ben nu ron para as dores, ou que de facto são mais as vezes que vão ao centro de saúde do que as que vão a escola. temos plena informação espalhada pelo mundo, lógico que não concordo que conheçam essa mesma informação e ainda assim abusem da palavra ignorar. Mas afastando-me desses casos de pura irresponsabilidade, será que a palavra abortar é assim tão errada como a pintam? será pior matar uma vida que nem chega a ser vida? ou acabar por destrui-la quando essa vida já tiver cerebro e coração para sofrer como gente grande? são mais as vezes que vejo lágrimas na cara de uma criança, do que as vezes que vejo um sorriso. e são mais os jovens que acabam por encontrar conforto nas ruas, do que aqueles que se agarram aos braços dos pais. posso não conheçer a dor tanto de muitos pais, como não conheço a de muitos filhos, mas na minha opinião, se matar um feto que ainda nem na realidade se tornou uma vida, então desistir de um filho que já é nascido e criado é o que? não será um crime ainda maior? não sera esse o verdadeiro crime? verdade, não conheco a dor de uma mãe que vê o filho ir por caminhos maus, mas também não imagino a dor de um filho que vê a mãe desistir dele, ou ás vezes, nem sequer se interessar. Custa-me de facto ver que as ruas estão cheias de jovens, as vezes, e cada vez mais, crianças até. de cigarros na mão, a perderem completamente o amor que têm ao corpo, ou a entrarem por caminhos até bastante piores. Alguns conseguem ter a força de sair, outros entregam-se de corpo e alma e são poucos os que saiem de lá com vida. Tenho a certeza que se fizesse uma estatistica de quantos deles tiveram amor, atenção, e persistencia dos pais, ia ter poucos ou nenhuns talvez que tivessem sentido isso. Nascemos numa sociedade tão cada vez mais futil, que as vezes ser "mãe" é so trazer ao mundo, mas eu pergunto-me e depois? é so faze-los nascer? dizer que são lindos e comprar sapatinhos engraçados para poder mostrar a fofura de um bebé? maioria deles quando crescem são ignorados, deixados á merçe de uma vida que já de si é tão dura para as pessoas com "força" quanto mais para jovens vulneraveis á idade. Não concordo, aliás, não admito, que alguém se intitule mãe quando desiste de um filho que faz as opções erradas, o abandona por falta de tempo, ou o troca por uma paixão que não sabe ou não se virá a ser duradoura. A palavra mãe, é sinonima de guerreira, e pai idem aspas. São guerreiros que trazem uma vida ao mundo, sabendo que vai errar, sorrir, chorar, e crescer com isso, sabendo que vai ter uma adolescencia complicada, uma ou outra má fase, sabendo que vai ter 1000 falhas e ainda assim estarem lá parar aparar a milésima primeira. Eu bato palmas de pé aos pais que trazem filhos ao mundo conscientes que vão ter qualidades, mas que amem de igual forma os seus defeitos, que aconteça o que aconteçer vão dar a mão aquele que é sangue, do mesmo sangue. Porque pais que mereçam realmente ser tratados desse modo, nunca perdem a fé, e evitam baixar os braços até saberem que aquele que viram crescer, com amores e desamores, alegrias e desgostos, está preparado para realmente enfrentar a vida fora dos braços deles. Porque é essa a função de pais de verdade, prepararem os seus descedentes para mais tarde com caminhos mais ou menos complicados, serem eles a enfrentar o mundo lá fora. Afinal de contas, qual é o verdadeiro crime? E será que mereçem mesmo todos ser chamados de pais? o problema deste mundo, é que nada do que pareçe, realmente o é.

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